Thaiza Montine Gomes dos Santos Cruz
Olá pessoal!
Mais uma vez, é com muito prazer que pude representar o CPMG-AS em um Evento Nacional tão renomado [entre os químicos, pelo menos, rssss], que é o XV ENEQ [XV ENcontro Nacional de Ensino de Química].
É o maior Encontro de Professores de Química e Pesquisadores da área de Ensino de Química.
Neste ano o mesmo realizou-se em Brasília, sendo dividido com algumas atividades no GAN e as demais na FIOCRUZ, promovido pela Unb.
Dentre as centenas de Trabalhos apresentados pelos Pesquisadores, pude levar dois, que só se concretizaram devido a participação de meus[as] queridos[as] alunos[as] do CPMG-AS, dos 3ºs anos 2010, que participaram do Projeto que originou meu Trabalho "Elaboração de curta metragens no Ensino Médio: usando o cinema para abordar temas sobre radioatividade em sala de aula" e aos dos 2ºs anos também 2010, que participaram do Projeto que originou o Trabalho "Aplicação do Webquest como ferramenta para o ensino de termoquímica no nível médio: Dificuldades Relacionadas a Falta de Estrutura".
Prof.Attico Chassot e Eu,Prof.Thaiza
Também tive o privilégio de estar pessoalmente com uma pessoa brilhante e maravilhosa que é o Professor Attico Chassot, renomado professor, pesquisador e escritor da área de educação em química. Além de inteligente ainda é cativante! Foi um prazer poder reencontrá-lo.
Bom pessoal, por hora é só!
Um mol de abraços a vocês!!
Thaiza Montine Gomes dos Santos Cruz
"De acordo com dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), em 2008 havia mais oferta de emprego para quem tem mais escolaridade. A concentração das vagas estava nos trabalhadores com uma média de 11 anos de estudos. Hoje, no Brasil, são necessários 12 anos de estudo para completar toda a educação básica – o ensino fundamental e o médio. No entanto, entre os jovens brasileiros de 18 a 24 anos, a média de escolaridade é de 9,1 anos de estudo.
Dados como esses nos fazem pensar, refletir e analisar o papel da escola para com o futuro das nossas crianças: preparamos os jovens de hoje para o quê no futuro? Talvez, a resposta mais adequada seria para uma vida adulta produtiva e responsável. Um ser humano adulto, para ser feliz e realizado, precisa estar de bem em três grandes áreas da vida que vou chamar de mundos: o mundo da família, o formado pela sociedade (amigos, colegas, igreja, etc.) e o do trabalho.
Muito bem, vamos ao mundo da família. Que tipo de exemplo nós adultos estamos dando para os jovens? Respeito, união, comunhão. Ou o exemplo são brigas, separações, pais usando os filhos para se beneficiar? E no mundo social, que exemplos estamos dando? Temos amigos de verdade, respeitamos os outros? Como preparar um jovem para qualquer um desses mundos se eles não podem viver, experimentar, aprender?.
Pergunto ainda: será que é possível uma vida adulta sem o mundo do trabalho? Feliz, eu duvido. A preparação dos jovens para a vida adulta é tão complexa que é tarefa para uma tribo, mas no Brasil delegamos totalmente à escola.
Há 20 anos, tínhamos crianças sendo exploradas sexualmente, trabalhando em carvoarias, cortando cana, quebrando pedra, vendendo coisas nas ruas. Criamos um monte de leis, genéricas, mas não definimos o que é criança, o que é trabalho, nem separamos o trabalho pedagógico que desenvolve habilidades do trabalho degradante. Hoje, temos a mesma realidade, a mesma exploração das crianças, e mais 34 milhões de jovens fora da escola e sem trabalho. Temos, sim, 98% das crianças brasileiras iniciando o ensino fundamental, mas, de cada 100 que entram na 1ª série, 50 crianças chegam a 5ª sem saber ler um texto de 5 linhas e contar o que leu, ou seja, analfabetos funcionais; 40 abandonam a escola antes de terminar a 8ª série porque não conseguem acompanhar a segunda etapa do ensino fundamental que requer interpretação e, por não acompanhar, abandonam a escola.
Em um passado não muito distante, a partir dos 12 anos, a criança acompanhava o pai no contra turno para aprender o ofício da família. Se gostava de estudar e o pai era pedreiro, eletricista, agricultor, o filho tornava-se engenheiro, agrônomo, etc. Se não gostasse de estudar, tornava-se um mestre de obra, agricultor como o pai, mas tinha trabalho, e sabia trabalhar.
Onde a educação dá certo no mundo, não existe a figura de escola de um turno. Todos os alunos de 5 a 18 anos estudam em tempo integral. Nesses países, quando fizeram leis proibindo as crianças de trabalhar, ajustaram a escola para que a criança “trabalhasse” na escola ou se preparasse para o mundo do trabalho. Como fazer isso em escola de um turno?"

Texto de Ademar Batista Pereira, presidente das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR)

FONTE: JORNAL VIRTUAL PROFISSÃO MESTRE/GESTÃO EDUCACIONAL ANO 8 Nº173 09/07/2010
Thaiza Montine Gomes dos Santos Cruz
Olá pessoas!!
Lendo meus e-mails mais antigos aqui, encontrei um texto de Horacio Rosenthal, na Edição Virtual da Revista Profissão Mestre/Gestão Educacional, ano 08 nº170 de 18/06/2010, muitíssimo interessante e que achei conveniente postar aqui.
Então lá vai!

Você fala pedagogês?
"Para se comunicar bem, você tem que usar a linguagem adequada. Várias escolas falam uma língua que usa muitas palavras do português, mas não diz nada para os pais e alunos. É o pedagogês. Leia, por exemplo, as expressões a seguir:
• “O trabalho busca uma relação que não se reduz à integração artificial das disciplinas”
• “A contextualização revitaliza competências cognitivas já adquiridas”
• “A escola utiliza vários instrumentos de verificação da aprendizagem como forma de analisar o nível de conhecimento dos alunos e planejar estratégias de ensino”
Se elas fazem parte do seu vocabulário, então você está precisando urgentemente de um tradutor.
Seria exagero imaginar pais conversando assim para escolher a escola de seus filhos. No entanto, é assim que muitas escolas se comunicam e ficam bravas quando os pais não entendem o que elas falam.
Não é fácil sair dessa situação. A maior parte das escolas que se comunicam mal pensa que se comunica bem. Sem uma mudança de paradigma, essas escolas vão continuar falando pedagogês para si mesmas por um bom tempo, sem considerar o público a quem estão se dirigindo.
Como as escolas acabam criando esta linguagem própria tão peculiar? A receita não é complicada. Misturam sólidos conceitos pedagógicos da direção, juntam uma forte contribuição teórica da coordenação, temperam com um punhado de valores consagrados, e está pronto: é só servir. Com o tempo, todos incorporam naturalmente o jargão da escola ao seu modo de comunicar. O resultado é um discurso hermético que faz sentido para os profissionais da escola, mas que não diz coisa com coisa para os pais e alunos, principalmente para os de fora. Por que de fora? O que faz uma escola crescer são sempre os clientes de fora. O problema de linguagem tem graus variados de seriedade. Se a escola tem um problema de linguagem, mas está em paz com os pais, as coisas não estão tão graves. Se o problema de linguagem está comprometendo a imagem da escola, a situação tende a se complicar. Se o problema de linguagem é agudo no presente e tende a piorar no futuro, aí é mais sério, é hora de fazer alguma coisa. Uma das principais funções dos profissionais de comunicação é justamente, dependendo do contexto, definir o tipo de intervenção a ser feita.
Enquanto isso, entretanto, algumas recomendações gerais podem ser feitas. A primeira delas é dar bastante atenção aos comunicados da escola. O ideal seria que os pais e alunos fossem convidados a avaliá-los, mas isso é impraticável. Sendo assim, se a escola quer ser compreendida e acreditada, a saída é ela mesma fazer a sua própria auditoria e definir critérios para oferecer uma comunicação límpida, espontânea e clara, como alternativa à informação para quem só entende pedagogês. A segunda, é cuidar para que todas as pessoas dos vários setores da escola libertem-se da “camisa de força” do pedagogês e aceitem o novo padrão de comunicação. Daí vem um conjunto de ajustes de bom-senso, que serão aplicados conforme o meio. A escola tem vários meios que recorre para se comunicar com os pais e alunos: carta, circular, folheto, bilhete em agendas, apresentação, mural, jornal interno, boletim eletrônico, site, etc. Utilizar a linguagem adequada é essencial para a boa c omunicação em cada um deles. O refinamento da maneira com que a escola se comunica com os seus diferentes públicos se completa quando se encontra o máximo de simplicidade. É nesse ponto que se alcança a competência da comunicação da escola. É nesse ponto também que a competência da escola se completa."

Texto de Horacio Rosenthal, publicitário, assessor de marketing educacional e autor do blog: www.educa-hr.blogspot.com

Só tenho a desejar um ótimo final de semana a tooooodos vocês!
Um mol de abraços!
^^!