CPMG Ayrton Senna
Na última sexta-feira, pela manhã, o CPMG Ayrton Senna recebeu uma visita ilustre: um mico-estrela ou, mais conhecidamente, sagui. O bichinho chegou meio assustado, depois de um resgate inesperado em plena Avenida Perimetral próximo ao Morro do Além -Setor Perim. Depois de dar uma voltinha pela escola, e ser recebido pelos alunos, que se amontoaram para ver o "Macaco Banana" - nome carinhosamente dado ao bichinho - foi novamente levado ao seu habitat, sendo solto na área de preservação ecológica "Mata Jardim Curitiba" próximo ao colégio. E logo quando percebeu que já estava "em casa", o "Macaco Banana" nem se despediu: de um salto entrou pela mata e sumiu. Quem sabe, um dia, o "Macaco Banana" venha novamente ao colégio fazermos uma visita, né?! Aproveitando, vamos conhecer um pouquinho da vida dele:


O sagüi do Cerrado, Callithrix penicillata, também denominado sagüi do tufo preto ou mico - estrela (em inglês: “black-pincelled marmoset”) é um Calitrichidae Neotropical altamente adaptado à vida saltatória arbórea, com locomoção vertical pelos troncos (AURICCHIO, 1995). Esses pequenos primatas atingem cerca de 20 cm de comprimento, peso entre 350 e 500 gramas e são encontrados em grupos de 2 a 13 indivíduos, formados basicamente por um casal responsável pela reprodução e cuidado dos filhotes (ROWE, 1996).
O território e a composição dos grupos variam de acordo com as condições do ambiente, como estação do ano, abundância e distribuição de alimentos (PASSAMANI, 1996). A perda e a fragmentação de habitat, resultantes da ação antrópica, constituem as maiores ameaças aos primatas no Brasil, por grande parte das espécies serem ecologicamente exigentes e especialistas quanto à qualidade de habitat, dieta e área de vida. Atualmente, a maioria das populações de primatas no Cerrado está restrita a pequenos fragmentos.

Os sagüis são os menores macacos do mundo. Algumas espécies são encontradas nas florestas da América Central, mas o maior número deles está localizado na América do Sul, especificamente no Brasil. Com a avançada destruição de seus ecossistemas, como o cerrado e a Mata Atlântica, os sagüis tornam-se presas fáceis para o homem que, sem acesso à educação, às condições essenciais de alimentação e saúde, lançam mão do tráfico de animais silvestres para sua própria subsistência.

O Projeto Conservacionista Mucky, com sede desde 1992 em Jundiaí (SP), se dedica especialmente à preservação dessa espécie - socorre, recupera, mantém pesquisa, busca a procriação das espécies e tem objetivos de reintegrar os sagüis à natureza. Realiza, também, um trabalho de combate ao tráfego de animais silvestres, por meio da educação ambiental.
“Nosso objetivo é dar prosseguimento ao trabalho de assistência e manutenção dos atuais sagüis, bem como prosseguir com a recuperação daqueles que chegaram com seqüelas causadas devido a tratamentos inadequados e que estão impossibilitados de reintegração, além de dar continuidade ao trabalho de resgate e recuperação de futuros sagüis provenientes do tráfego de animais silvestres, buscando a reintrodução dos sagüis em seus habitats”, diz Lívia Botar, principal responsável pelo Projeto.